Flashback, em 2012 participei de um concurso despretensioso da editora Cosac Naify, com centenas de outros pretendentes/ O tema era o seguinte: falar de qualquer livro da Cosac, e eu escolhi o livro Glamour, tema que me é muito caro aqui no blog/ Não ganhei, pena, adoro concursos, já ganhei um de fotografia uma vez, mas especialmente, também adoro praticar o exercício da escrita/ Abaixo, então, a recordação do meu texto escrito em março de 2012:
Flashback, em 2012 participei de um concurso despretensioso da editora Cosac Naify, com centenas de outros pretendentes/ O tema era o seguinte: falar de qualquer livro da Cosac, e eu escolhi o livro Glamour, tema que me é muito caro aqui no blog/ Não ganhei, pena, adoro concursos, já ganhei um de fotografia uma vez, mas especialmente, também adoro praticar o exercício da escrita/ Abaixo, então, a recordação do meu texto escrito em março de 2012:
o nosso querido americano em Paris, Marc Jacobs, vem sendo justamente homenageado no
Musée des Arts Décoratifs, que comemora o seu trabalho há 15 anos na Louis Vuitton.
E é Marc, um grande visionário da moda,
que prefaciou o apaixonante livro vermelho GLAMOUR sobre Diana Vreeland. A
Cosac Naify é a editora que se especializa em temas cada vez mais artísticos
tratados com a qualidade que merecem. A proposta dessa vez é nos deliciar com a
talentosa expert em moda, Diana Vreeland, em uma reedição preciosa com uma
reunião de fotos de moda e anotações pessoais dela em colaboração (palavra que
ela amava) com Christopher Hemphill em 1980.
Estive
presente quando Charles Cosac e Gloria Kalil deram uma palestra memorável em um
evento de moda no MuBe em 2011 lançando o livro. Glamour, um conceito importante,
mas difícil de definir. Marc gosta da palavra tentação, magnetismo, e também
porque não, uma certa excentricidade. Charles Cosac, no evento concorrido,
tentou redefinir o que é um ser excêntrico, atributo muitas vezes dados a ele
(que estava até bem comportado de terno branco na ocasião:).
Afinal,
qualquer um é excêntrico, dependendo dos pontos de vista de nosso mundo cada
vez mais globalizado. Mas quem realmente É o ser Glamuroso? Para Jacobs, Diana
era paradoxalmente glamurosa, no sentido em que poderia se apaixonar tanto pelo
corriqueiro como pelo inusitado. Uma mulher atenta, voraz e criativa, que
conseguia notar tudo antes dos outros, também atributo principal dos editores,
segundo Marc. Concordo. Ver o que pode ser contestador, a falha que pode ser
perfeita, a moda que não é modismo.
O livro Glamour desfila para nós, leitores,
uma coleção atemporal de fotos em preto e branco, juntando momentos
trompe-l´oeil com informações sobre o que realmente atraiu a atenção de Diana
enquanto chefe de revistas influentes. O que mostra o livro? Inevitáveis ícones
como Marilyn, próximo cartaz do festival de Cannes. BB, Mick Jagger, noivas de
preto, Nureyev e Fred Astaire, a consagração do jeans, a influência que fica, a pessoa que não se volta para si, porém para os
outros. Tudo isso já basta para ser glamour.
Para que se preocupar tanto com bom gosto,
perguntava Diana? Muita gente tem um gosto horrível e consegue ganhar muito
dinheiro com isso. A moda é passageira, uma mera fantasia. Mas a elegância é
inata. A gazela é elegante, Audrey Hepburn, também. E a elegância é recusa, dizia Diana Vreeland.
Hoje
não há como recusar que Marc Jacobs, Cinderelo em Paris, conquistou o seu lugar
no universo competitivo dos estilistas. Avedon, Man Ray, Nijinski, Maria
Callas, e todos os citados nessa resenha, continuarão sendo símbolos de glamour.
Diana saiu do óbvio, a tentação do corriqueiro, para arrebatar, palavra que
adorava. O luxo do livro da Cosac é a escolha perfeita desse mix arrebatador. Isso
é glamour para mim.
Charles Cosac, o mundo editorial sente falta de teu glamour, eu especialmente, sempre quis editar um livro nas prateleiras de sua casa artística, com a qual mantinha grande identificação
Love, Heddy Dayan
Muito bom texto,Heddy!interessante e bem focado...Gostaria que vc tivesse ganho este premio mas enquanto isto voce continuara nos presenteando sempre com estes textos criativos e variados...sempre com todo glamour,nao e?
ReplyDeleteBjos
é, e depois veremos os textos de quem venceu para comparar, hehehehhe
ReplyDeleteLindo ensaio! É mais fácil definir o glamour pelo efeito que ele provoca...justamente esse fascínio e arrebatamento que atrai a nós, simples mortais...
ReplyDeletethanks, anônimo ,
ReplyDeleteHeddy, é uma pena não ter sido o seu texto o ganhador do concurso. Afinal, você escolheu um tema que retrata você fielmente. Glamour!!! Pelo menos tivemos a oportunidade de lê-lo. Esse blog é um recanto de pedacinhos do á de melhor na Reddy de computadores camada internet.
ReplyDeletehaahahhhha, adorei
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