1.3.14

Him




 Com temática parecida com o filme argentino Medianeras, que fala de solidão em grande cidades e encontro entre vizinhos, HER é um filme sobre a impossibilidade do amor real no sentido físíco, assim como Ghost ou Em Algum Lugar do Passado, porém em ambiente high-tech laranja e computadores ameaçadores/ Não é a vitrola que toca , nem um relógio que soa em HER, mas uma voz rouca virtual, muito, muito sensual.

 Há muito da teoria de Jung nesse filme, quando um colega do ator Joaquin Phoenix afirma  que ele tem um lado feminino muito grande. Sim, é aquele romantismo e sensibilidade com o qual todas as mulheres sonham e Phoenix teria merecido uma indicação ao Oscar  e um belo prêmio de interpretação masculina em HER ( traduzido erroneamente como Ela no Brasil:), no papel do escritor que se apaixona pela voz de uma máquina, a dela, a de Scarlett Johansson.

 Em minhas pesquisas sobre psicanálise para o meu livro Pas de Deux Com o Analista, descobri o quanto a voz é um fator importante quando conversamos com alguém que muitas vezes está longe mesmo que perto,  e a grande procura  das modulações, dos suspiros, da intonação. No mundo virtual de hoje, nada pode ser tão verdadeiro quanto o eco de um celular. O roteiro de HER tem uma imaginação fértil, que faria empalidecer muitos dos trailers sonoros e futurísticos aos quais fui obrigada a assistir antes da sessão. Ótimo filme para o weekend paulistano que se anuncia chuvoso. Mais uma dica: por 2 horas e meia, desliguem os seus celulares, depois do filme não vão ter vontade de ligar tampouco, pelo menos isso é o que aconteceu comigo !  HD


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