9.3.13

MM e as últimas sessões

pic heddyd
um livro analisado por mim:

  THE LAST SESSIONS (escrito por Michael Schneider e baseado nas fitas do  psicanalista Ralph Greenspan, que seguiu MM nos últimos meses antes de sua morte:)
 A fragilidade da atriz já virou famosa e não se discute mais esse traço. Relembrando:
 Na  sua primeira sessão, MM com medo de si mesma, fecha os olhos, e relembra sua luta para sobreviver em Hollywood.  O psicanalista  diz que ela age como criança  quer destruir a ele, o psicanalista, tanto como a si mesmo. MM sofre de insônia crônica, claro... Uma criança indefesa, entende que os fracassos são desejados pelo seu inconsciente, está exausta, cheia de pesadelos.
MM atrasa e diz a seu analista que quando atrasa  ele não é o único que ela deixa esperar . Sempre procurou a felicidade, ser adulta, viver apaixonada.
Sai de LA, onde já não é incógnita, para se apaixonar por NY onde sai, vai ouvir jazz , ir ao cinema e teatro. Quer esquecer a obsessão de agradar aos outros, quer ser outra, mas por isso mesmo, gosta de ser atriz.
A confusão com sua imagem é grande, inclusive  na sua vida sexual, uma grande dificuldade em atingir o orgasmo. Di Maggio se mostra muito ciumento e depois  ela se deixa apaixonar pelo brilhantismo intelectual de Miller. Quer ser amada, diz que poucas pessoas querem amar.
Detesta Laurence Olivier que a trata muito mal . Falta de estabilidade emocional , paranoía, sofrimento incurável depois que aborta  por nunca mais poder ser mãe. Miller lhe diz : deixe a análise. MM responde: não, quem não tem angústia não é atriz!
Volta para morrer em LA onde pede para ser fotografada em depressão. Encanta  Kennedy cantando com voz melosa.
Liga para o analista gravando sua voz . De noite, nua e definhando em frente ao espelho vendo-se envelhecer, diz ao psicanalista que a análise não a ajuda, não quer mais ser dependente disso. O psicanalista pergunta, vc não me pertence, nem a si mesmo.
Isso é um pouco do livro, que se tornou um filme, um pouco lento, mas com boas cenas de MM. Essas últimas sessões me incentivam a deixar a pergunta em aberto: se a  psicanálise não matou Marilyn,  também não a ajudou a viver, portanto teria ela sobrevivido se fosse ajudada por outro analista?

                                    

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