3.3.14

La Grande Belezza







No ano passado no festival de Cannes, uma das imagens que mais me impactou foi a do diretor Bertolucci em cadeira de rodas afirmando que com Io e Te voltava ao cinema e à vida.

 A Itália é um dos países que mais tem se destacado por filmes inteligentes, diretores criativos e bons roteiros, estando presente em 2013 no festival de Cannes com La Grande Belezza, dirigido por Paolo Sorrentini   

   A Grande Beleza venceu o Oscar 2014. Retrata a vida felliniana de um escritor de um livro só  no calor romano de seus 65 anos (e lembrando que hoje a crise dos sessentões é a mesma de alguns anos atrás daquela dos 40:). De que adianta filosofar , diz a grande mensagem do diretor e roteirista, aquela  que retrata a hipocrisia da sociedade através do rosto irônico do magnífico ator, se alguns são feitos para simplesmente aproveitar e mostrar a beleza sem se preocupar com aparências? é a editora anã de 60 anos que enxerga, é a freira de 104 anos que vê, é a stripper de 50 anos que entende. Há um tempo muito bem refletido nesse roteiro injustamente criticado por se alongar demais.  Esse tempo é o do luto, o da melancolia, o da  transformação, o da inspiração. O  tempo que muitos diretores se esforçam para mostrar de modo original, mas não conseguem. Não desse jeito mágico, através desse truque alucinatório de Sorrentino, que me lembra o cartaz do Cirque du Soleil armado no Rio. Girafas, flamingos, performers, ao ritmo de balada da cantora Mina e dos mambos e salambos não é para qualquer um. Roma raramente apareceu ou aparecerá tão esplêndida e tão convidativa, não obstante as inúmeras referências à sua decadência no filme. Woody Allen já enxergou a beleza de Roma. E os candelabros italianos brilharão para sempre. Love, HD    


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 em tempo, nem as sessões coletivas de botox mostradas como um culto salvador apagam as marcas do rosto e promovem a grande beleza.

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