Fabrice Lucchini |
Uma porta que se abre, por ela entra uma mulher aflita. Ela "se enganou de porta". Procura um analista . Ela é interessante, esguia, acelerada. O homem diante dela é um consultor fiscal, de aspecto bondoso, tímido e engravatado. Está perplexo e confuso, afinal nunca deu consultas desse tipo. Mas ele se cala. O ambiente é escuro e aconchegante, e ela logo se instala. Tem um olhar triste e se queixa, afinal encontrou o "seu analista" . A mulher talvez saiba que se enganou, mas acaba gostando de seu erro, por medo de ser analisada por um verdadeiro psi. Ele, por pena e simpatia, prossegue no quiprocó. A mais engraçada coincidência é ele ter um divã em sua sala, usado para pequenas siestas.
Percebo logo, antes que o digam no filme, que aí está uma bailarina. Percebo logo , pelas suas roupas, porte e pescoço. E no final do filme, eu já pressentia, ela ama o sol, vestidos vaporosos de babados e a vida na Provença. Ela está infeliz na relação com marido.O consultor por seu lado, acabou de perder uma namorada.
Duas pessoas solitárias, o consultor sonhador (que também gosta de dançar e colecionar brinquedos infantis), e a mulher mentirosa aparentemente misteriosa, começam a se analisar. Os papéis de analisando e analista se invertem. Ela olha fixamente, ele desvia o olhar. Ela gosta de fumar, ele de cozinhar. Estabeleceu-se aqui uma conexão com direito a final feliz/
Assistam ao trailer no you tu be
Fabrice adora Freud
e eu adoro psicanálise
é ela que me norteia.
Quis compartilhar isso hoje
Love, love
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